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Carne viva, viva à carne!

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A presente mostra procura apresentar-se como um elogio à capacidade de tornar-se mais humano; a encarnar sobre uma ferida ainda exposta. Evidenciamos a habilidade de artistas que concebem e materializam uma vasta e rica produção artístico-cultural, mesmo diante de adversidades que ainda assolam a humanidade e deixam cicatrizes sobre o tempo.

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O senso de coletivo nos interessa tanto quanto a própria importância da individuação do sujeito. Reduzir o indivíduo a uma unidade social, econômica ou militar, aniquila sua força subjetiva e restringe sua existência à subordinação dos interesses daqueles que detém maior poder.

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Em “Carne Viva”, retornamos o olhar para a especial potência da experiência de sonhar: ação humana universal, seja em estado de sono profundo ou de vigília. Entidades que tomam formas humanas; o poder de avermelhar-se; tomar vulto; encorpar-se, parecer outrem e não a si mesmo; tudo isso vira matéria prima para as obras que apresentamos. 

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Aproveitamos a presença do onírico para desenhar uma topografia que percorre caminhos imaginários e a cosmovisão, chegando ao mundano, ao território, à nossa casa e ao nosso corpo: abrigos de afetos e desejos que nos atravessam. Corpo é suporte, instrumento e laboratório de pesquisa: presente que busca e visita passados para nutrir futuros; seja com tecnologia artificial ou nas faturas do barro. Romper com normas e desviar do pré-estabelecido para desenhar rotas de escape de um amanhã infrutífero. 

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Uma vez que atravessa-se a superfície corpórea, deparamo-nos com a segunda casa que fazemos morada. Arquitetura que deseja solidez, mas que também se sujeita a ruínas. Nas frestas dos escombros, revelam-se narrativas pouco antes contadas; mas as paredes sempre escutam atentas os passos dados ao seu lado. Importante ressaltar que a concepção de casa pode variar a cada cultura. Casa abrigo, casa floresta, casa concreto.

 

E uma vez que conseguimos nos distanciar desse dentro, olhamos para fora: a cidade e o território refugiam também memórias políticas, cotidianas. É neste solo que fincam-se raízes e pegadas. É neste campo que esbarramos com o inesperado e enxergamos um novo e, mais potente, horizonte: onde narrativas distintas coabitam no mesmo espaço. 

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Sob a pele somos todos carne viva.

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