artistas
em exposição
palavras dentro de palavras
Barbara Venosa, carioca, 42 anos, é poeta e pesquisadora.
Em sua pesquisa de doutorado em Estudos da Linguagem na PUC-Rio, fomentada pela CAPES, investiga a articulação dos discursos dominantes sobre as construções de gênero e do papel do sutil nos processos de naturalização de assimetrias sociais. Como membra do grupo de pesquisa NAVIS - Narrativa eVida Social – coordenado por Liliana Cabral Bastos e Liana Biar - volta-se para a importância da narrativa como dispositivo que se relaciona diretamente com a construção de identidades.
O universo plástico sempre esteve presente em seu campo de interesse e em seu horizonte como fonte de inspiração mas é através da palavra - sua matéria prima – que se reconhece, se permite engendrar conexões com sua pesquisa e extrapolar os limites do texto, desdobrando-o em formas híbridas de expressão artística.
Carolina Kasting, 45 anos, é artista multidisciplinar, nascida em Florianópolis, Santa Catarina, com formação em dança, teatro e fotografia, frequentou grupos de estudos na EAV - Parque Lage e Casa Voa, onde é artista integrante. Desde 2004 participa de exposições coletivas em instituições públicas e privadas. Realizou individual, em 2017, na Fábrica Bhering, com curadoria de Cadu Lacerda. Kasting utiliza a plasticidade dos materiais para ressignificá-los, nas imagens fotográficas, em sua maioria performáticas, empresta conceitos da pintura, como a sobreposição de camadas e veladuras. Tem o corpo e o feminino, como pulsão para sua linguagem, e este corpo que emerge da sua poética, é a um só tempo marmóreo e vivo, etéreo e carnal. Sua produção desdobra-se em diferentes meios como fotografia, performance, objetos, intervenções e vídeos.
Clara Machado, artista visual e poeta, autora do livro Ferrugem (Ed. Urutau, 2021). Mestranda em Processos Artísticos Contemporâneos pelo PPGARTES-UERJ, graduada em Artes Visuais pela UERJ. Realizou um ano de estudos no curso de Artes Visuais da Universidade IUAV de Veneza, Itália. Em 2019 participou do curso de acompanhamento Imersões Poéticas, da Escola Sem Sítio. Realizou diversos cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde foi selecionada para o Curso de Desenvolvimento em Gravura Contemporânea. Participou de exposições coletivas nacionais e internacionais.
Sua atuação compreende diversas linguagens da produção artística, com particular interesse em técnicas de monotipia, esculturas e na relação entre imagem e escrita.
Seu trabalho parte de uma poética dos vestígios, na relação entre presença e ausência, com o uso de materiais residuais e a produção de rastros. O corpo aparece como território constante de investigação, atravessado por questões como a morte, a memória e o erotismo.
Nascida em 1984 no Rio de Janeiro, Diana Lobo explora a literatura autoral e as diversas nuances do texto escrito, tendo encontrado na poesia concreta - e posteriormente na poesia marginal, um elo de interesse com as artes visuais. Sua pesquisa se volta à busca da conciliação do texto escrito com a linguagem plástica e suas interseções entre poética e significado.
Em sua primeira participação em uma exposição internacional, apresentou a instalação Fuga no Arte Laguna Prize em Veneza. O trabalho imersivo abordava questões ligadas a auto-expressão e feminilidade.
Diana também está publicando seu primeiro livro de poesia, A Nudez da Palavra, em 2021.
Sofia Junqueira, é formada em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFMG. O bacharelado em desenho a instigou a buscar o momento em que a imagem descola da superfície e alcança o espaço — a tridimensionalidade. Ela parte do olhar aguçado para os símbolos gráficos que permeiam o quotidiano e sua atenção se volta para a repetição, para as coleções, em que determinados critérios aproximam objetos de naturezas diversas, ressaltando seu caráter único. Assim acontece com uma coleção de guarda-chuvas encontrados em caixas de papelão, iniciada por Sofia em 2012. A partir desse ícone que indica “sensível à umidade”, uma pesquisa quase alquímica se desenrola, relacionando os materiais industriais (papelão) ou artesanais (cerâmica) com a ideia de transformação da matéria, seja pela fragilidade do material a queda ou pela vulnerabilidade a agua. O corpo se aproxima dos fragmentos para ver de perto, o que faz com que cada caco, gota, cerâmica seja único e possa partir da escala da mão para se reunir no espaço em escala de multidão.
Através de seus ritos experimentais de encantaria e sensação, nascem as obras da artista Talitha Rossi como materializações de sua selvagem expandida.
Ao emprestar o seu próprio corpo para sua personagem e encorporá-la pessoalmente, estabelece conexões possíveis entre o corpo visível e suas forças do invisível registrando em performances sua poética singular.
Uma filosofia ecofeminista do corpo feminino na sociedade contemporânea vem à tona ao criticar a relação do ser humano com a exploração da natureza, que para a artista, caminha ao lado da exploração do trabalho de dominação dos corpos e das emoções das mulheres; uma raiz comum entre as causas da destruição do meio ambiente e a degradação da mulher. A artista acredita que a luta pelos direitos das mulheres está relacionada com as reivindicações por um mundo mais sustentável. Em suas performances, a artista retrata o descaso com a grande Mãe natureza e (auto)critica sua geração, propondo um chamado para as filhas da internet repensarem novos mundos possíveis: postar menos, plantar mais.
Ao alinhavar o tecido vital em suas esculturas e objetos, sem sucumbir pela tentativa de docilização dos corpos, o ser fêmea de Talitha Rossi ganha força oriunda do feminino divino, - mais especificamente voltado para suas pesquisas sobre orixalidade - seja ele ancestral ou atual, ainda que haja dor e luta. Ao trançar fios exóticos e adorná-los com bordados de alta costura, a artista faz torções com pensamentos sobre o cercamento dos corpos femininos costurados aos questionamentos sobre o uso do corpo da mulher para fins reprodutivos alinhados com críticas ao modelo de casamento existente nos dias atuais.
Seu trabalho é uma homenagem às mulheres insubmissas de si mesmas que com coragem, não deixaram se apagar pelo patriarcado, deixando marcas fortes via a delicadeza para futuras gerações.
Performance, fotografia, vídeo, instalações, poesia e objetos, são seus suportes de escolha, que abrigam suas investigações de aproximação de mundos.
A artista é representada pela SOMA Galeria (Curitiba).
De Tuxá de Rodelas, no interior da Bahia, Yacunã Tuxá é uma ativista e artista indígena que desde 2019 compartilha suas criações (ilustrações, colagens e desenhos) nas redes sociais, passando desde então a ganhar considerável notabilidade.
Nascida em 1993, desde criança mostrava certa inclinação para o desenho e linguagens.
Sendo filha de mãe professora e de pai agricultor, também neta de dois importantes líderes do Povo Tuxá, sempre mostrou interesse pelos estudos, luta e história do seu povo.
Na adolescência, toma entendimento sobre os conflitos territoriais que até hoje afligem a sua comunidade e passa a articular a juventude no intuito de construir uma frente de resistência junto às lideranças Tuxá.
Envolta nesses processos políticos, decide estudar Direito na Universidade Estadual de Feira de Santana. No entanto, na metade da graduação, decide retomar suas afinidades e abandona o curso.
Em 2015 se muda para Salvador, capital baiana, e logo ingressa no curso de Letras na Universidade Federal da Bahia onde estuda atualmente e compõe o UPOEI – União dos povos e articulação dos estudantes indígenas da UFBA.
Nesse meio tempo, Yacunã publica em seu blog pessoal um texto intitulado “Mulher indígena e sapatão” onde compartilha a sua vivência enquanto uma mulher indígena que não segue os padrões heteronormados impostos pelo colonizador, passando a despontar como uma das importantes lideranças em defesa da causa indígena LGBTQIA+. Atualmente, compõe o Coletivo Tibira de indígenas LGBTQIA+ .
Em 2019 encontra na arte sua principal ferramenta de luta, propondo um novo olhar para os indígenas contemporâneos que transitam entre os aldeamentos e as grandes cidades.
Sua obra é potencialmente influenciada pela espiritualidade, memória e sabedoria das anciãs de seu povo, figurando como inspiração central a sua bisavó materna Maria Barroso.
Em setembro de 2020 estreou como ilustradora freelancer, ilustrando uma matéria sobre rap indígena para a revista Vogue Brasil e, a convite da revista CLAUDIA, publicou uma ilustração no Ponto Final, espaço dedicado a escritoras e artistas que refletem sobre temas da contemporaneidade e das vivências femininas.
Yacunã, no momento, compõe a exposição Véxoa: Nós sabemos que reúne 23 artistas/coletivos indígenas de diferentes regiões do país. A exposição é dedicada à produção indígena contemporânea, com curadoria da pesquisadora indígena Naine Terena, e está disponível para visitação na Pinacoteca de São Paulo.
exposições passadas
ENTRECORPOS
Agrade iniciou sua relação com as atividades criativas escrevendo, como forma de se autoconhecer e de criar novas realidades. A partir de 2010 passou a desenvolver graffitis, criando painéis e personagens.
Artista multimídia, articula em seus trabalhos usando a estética da arquitetura popular carioca mesclando questões relacionadas com a sexualidade, a beleza, a opressão, feminina. Incorpora em muitos trabalhos grades, que remetem às imposições e padronizações do comportamento. Explora a grafia da palavra grade; a grade, agrade, agradar e a partir da ambiguidade dos sentidos de agradar e de limitar, a artista questiona, em variadas direções, as imposições comportamentais criadas pelos meios sociais, que limitam possibilidades de existir.
A escolha do preto e do branco sempre esteve no escopo da construção do trabalho de Camila. As cores vêm sendo acrescentadas através do encontro com outros olhares artísticos e com as experiências vivenciadas pela artista.
Participou, em 2019, da exposição Poética entre mulheres, e a partir dessa experiência passou a explorar novos suportes e materiais, como metal, espelho e vidro. Atualmente (15 de janeiro à 30 de abril de 2020) está no SESC Ramos, com a exposição individual: Habitacional, onde através de pinturas e esculturas em metal, aborda questões relacionadas a habitação, pelo recorte dos conjuntos habitacionais e a cultura, arquitetura desses locais; fazendo um paralelo com a construção arquitetônica e a construção social. Agrade cresceu no conjunto habitacional IAPC, localizado a margem do morro do Jacarézinho.
Em 2019 participou da Escola livre de Artes da Maré, residência que resultou na exposição coletiva; O nome que a gente dá as coisas, onde expôs pela primeira vez uma de suas fotografias, um auto retrato em dupla exposição. Na fotografia sua vagina sobrepõe sua boca, e é instalada atrás de uma grade de janela chumbada na parede do galpão. Namoradeira, como foi chamada a obra, faz alusão as bonecas namoradeiras de janela, onde a posição da mulher é sempre a de espera de um homem.
Alice Gelli é uma artista carioca, de 29 anos, representada pela galeria Bianca Boeckel. Sua formação é em design gráfico, pela Puc Rio, mas explora o universo artístico desde sempre. Frequenta a escola de arte visuais, EAV no Parque Lage, onde mergulha em diversos acompanhamentos artísticos com mentores como Iole de Freitas e Mariana Manhães. Já participou de feiras de arte como SPARTE, ARTRIO, ARTSOUL e LATITUDE ART FAIR.
A artista faz parte de um projeto de mulheres, chamado Projeto 2020, através do qual já participou de diversas exposições.
Alice se interessa pelo pensar por trás de cada resultado plástico.
Faz um trabalho sobre movimentação fîsica e emocional. Para ela, o percurso interessa e os materiais são ponto de partida para um caminho exploratório.
A linguagem está no processo, por trás da obra. Cada trabalho possui a sua peculiaridade, a sua própria identidade formal, sistêmica, plástica. Cada um pede um tipo de material, cores, formas. O que os conecta é a forma de pensar sobre eles, é o processo intrínseco ao resultado. A natureza da sua fala é dual, fala sobre opostos, sobre extremos: o delicado resistente, a tensão leve e o silêncio eufórico.
Barbara Venosa , carioca, 42 anos, é poeta e pesquisadora.
Em sua pesquisa de doutorado em Estudos da Linguagem na PUC-Rio, fomentada pela CAPES, investiga a articulação dos discursos dominantes sobre as construções de gênero e do papel do sutil nos processos de naturalização de assimetrias sociais. Como membra do grupo de pesquisa NAVIS - Narrativa e Vida Social – coordenado por Liliana Cabral Bastos e Liana Biar - volta-se para a importância da narrativa como dispositivo que se relaciona diretamente com a construção de identidades.
O universo plástico sempre esteve presente em seu campo de interesse e em seu horizonte como fonte de inspiração mas é através da palavra - sua matéria prima – que se reconhece, se permite engendrar conexões com sua pesquisa e extrapolar os limites do texto, desdobrando-o em formas híbridas de expressão artística.
Pirajú, São Paulo, 1989. Radicada no estado do Rio de Janeiro, Gabriela Fero vive e trabalha entre Macaé e a capital carioca. Sua prática em pintura confronta, em telas de grande formato, narrativas pessoais com conjunturas globais geopolíticas e socioeconômicas, a partir de uma perspectiva de gênero, latino-americanista e revolucionária. A expropriação de símbolos e signos pertencentes à indústria patriarcal automotiva são relacionais à sua precoce carreira automobilística (1997-2012), ao progresso e decadência de uma Macaé petrolífera e da crítica ao capital. A artista relaciona, dialeticamente, ficção e materialidade, voltando elementos da ordem burguesa contra seus próprios referentes, construindo uma poética de enfrentamento anti-imperialista. Em 2019, Fero participou de sua primeira exposição coletiva, “Intersecções Poéticas”, expondo ao lado de artistas como Anna Bella Geiger, sob curadoria de Fernando Cocchiarale e Patricia Toscano. Em 2020, foi selecionada para o projeto de residência artística da Galeria Refresco (Rio de Janeiro) e convidada para a próxima exposição coletiva da Galeria Paralela (Rio de Janeiro). Frequenta a Escola de Artes Visuais do Parque Lage desde 2017.
Pintora com formação em design pela PUC-rio, Maria Flexa participou nos últimos 3 anos de exposições nos espaços independentes Casa Voa e Casa Bicho. Desenvolveu aulas particulares e em grupo a partir da metodologia do criar intuitivo, e participa da equipe de artistas residentes e coordenadores do espaço atelier Casa Voa.
Atualmente cursa o acompanhamento de trabalhos artísticos com Iole de Freitas na EAV parque lage e a formação em Arte educação com Helio Rodrigues.
Sua pesquisa artistica atravessa assuntos como identidade, o inconsciente e o corpo social da mulher.
Odaraya Mello, 27 anos, afro-brasileire. Artista independente de uma notável família de múltiplos artistas. Od, como também é conhecido, iniciou sua carreira em 2006 no graffiti, passando pela gravura em 2012 e performances em 2015. No mesmo ano, iniciou uma jornada meditativa desdobrando planos e se abrindo para outros portais e suportes como a tecnologia, uma área que tem trabalhado recentemente. Em todos os suportes a obra de Odaraya traz a elaboração do pensamento, partindo do olhar africano e brasileiro na diáspora e as elaborações de movimentos.
Sofia Saleme - São Paulo, 1989 - é graduada em arquitetura e pós graduada em artes visuais. O desenho é a ferramenta essencial para o andamento da sua pesquisa. É a partir do desenho de observação que ela percebe não só as formas e subjetividade do que está à sua volta, mas também a relação do que está sendo observado com o seu corpo. O pensamento do desenho se estende também para a fotografia, o bordado e o vídeo, onde desenvolve temas como a contemplação, o ócio, a passagem do tempo, a regeneração do corpo e a quebra de tabus. O conceito do Wabi-sabi a norteia: termo japonês para um tipo de vida que parte da impermanência, incompletude e imperfeição.
Morou diversas vezes em Tóquio, onde participou da residência artística AIR3331 Arts Chiyoda e apresentou seus trabalhos em uma exposição. Usa as técnicas tradicionais japonesas – caligrafia, pintura com pigmentos naturais, folha de ouro e a dança Butoh – para falar de maneiras de encarar o incômodo causado pela perda, excesso ou omissão da fala, e pela dor. Morou em Barcelona e Nova York onde estudou arquitetura e curadoria. Participou também de exposições em São Paulo, Cidade do Porto e Santiago do Chile. Tem um ateliê em São Paulo onde dá aulas de folha de ouro, modelo vivo e Butoh e é diretora de arte do site Bigorna.
Através de seus ritos experimentais de encantaria e sensação, nascem as obras da artista Talitha Rossi como materializações de sua selvagem expandida.
Ao emprestar o seu próprio corpo para sua personagem e incorpora-la pessoalmente, estabelece conexões possíveis entre o corpo visível e suas forcas do invisível registrando em performances sua poética singular. Uma filosofia ecofeminista do corpo feminino na sociedade contemporânea vem a tona ao criticar a relação do ser humano com a exploração da natureza, que para a artista, caminha ao lado da exploração do trabalho de dominação dos corpos e das emoções das mulheres; uma raiz comum entre as causas da destruição do meio ambiente e a degradação da mulher. A artista acredita que a luta pelos direitos das mulheres esta relacionada com as reivindicações por um mundo mais sustentável. Em suas performances, a artista retrata o descaso com a grande Mae natureza e (auto)critica sua geração, propondo um chamado para as filhas da internet repensarem novos mundos possíveis: postando menos e plantando mais.
Ao alinhavar o tecido vital em suas esculturas e objetos, sem sucumbir pela tentativa de docilização dos corpos, o ser fêmea de Talitha Rossi ganha forca oriunda do feminino divino, - mais especificamente voltado para suas pesquisas sobre orixalidade - seja ele ancestral ou atual, ainda que haja dor e luta. Ao trancar fios exóticos e adorna-los com bordados de alta costura, a artista faz torções com pensamentos sobre o cercamento dos corpos femininos costurados aos questionamentos sobre o uso do corpo da mulher para fins reprodutivos alinhados com criticas ao modelo de casamento existente nos dias atuais.
Seu trabalho é uma homenagem as mulheres insubmissas de si mesmas que com coragem, não deixaram se apagar pelo patriarcado, deixando marcas fortes via a delicadeza para futuras gerações.
Performance, fotografia, vídeo, instalações, poesia e objetos, são seus suportes de escolha, que abrigam suas investigações de aproximação de mundos.
o que resta
Diana Sandes (Rio de Janeiro, 1986) é artista visual e fotógrafa. Seu trabalho, que tangencia áreas como a fotografia, o vídeo e a pintura, cria tensões entre a presença e o distanciamento, a familiaridade e o estranhamento para investigar noções como a ausência, o deslocamento e o exílio. Graduada em História e mestre em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio, também frequentou oficinas e grupos de estudo com artistas como Eustáquio Neves e Iole de Freitas, que foram essenciais na sua formação. Paralelamente, integra o Coletivo CLAP, que registra criações nos campos da dança, performance, música e teatro.
Heloisa Madragoa é artista visual, professora de arte em escolas públicas e designer. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Bacharel em Desenho Industrial pela PUC RJ, com pós-graduação em Design de Jóias na mesma universidade e em Design de Estamparia pelo Senai CETIQT.
Por quatro anos fez aulas no ateliê do artista Renato Alarcão. E desde 2018 estuda na Escola de Artes Visuais no Parque Lage, fazendo acompanhamento de projetos com Iole de Freitas.
Em 2019 fez Acompanhamento de Projetos Artístico com Isabel Portella e Jozias Benedicto, e em fevereiro de 2020 participou da exposição coletiva "Assim Se Conta Essa História" com ambos curadores no Espaço Municipal Sérgio Porto, no Rio de Janeiro.
Mariana Guimarães vive e trabalha no Rio de Janeiro. Artista, pesquisadora e professora de artes visuais. Investiga o fio como linguagem e fenômeno na arte contemporânea em diálogo com práticas ancestrais de tessitura e seus inúmeros desdobramentos estéticos, éticos e sociais, em intersecção com a casa e a mulher. Doutoranda em artes visuais no PPGAV UFRJ, é mestre em artes e design pela PUC-Rio, e uma licenciatura em artes plásticas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É atualmente docente do setor de artes visuais do CAp UFRJ. Desenvolve trabalhos e pesquisas com distintos grupos em diversos territórios.
Destaque para sua participação nas Exposições: Mulheres na coleção do MAR, 2019 - Da linha, o Fio - BNDES, 2019 - Bienal de arte têxtil contemporânea em Portugal/2016; Residência Lastro – Guatemala, 2015; exposição FIO CORPO TERRA – Saracura – 2017; Precisamos falar sobre muros / Sérgio Porto /2017. Como habitar abismos, Castelinho do Flamengo,2016. Foi premiada pelo Ministério da Cultura em 2008 pelo projeto Retalhos de Memória e em 2014 pelo instituto Arte na Escola pela sua pesquisa e atuação com em arte e educação.
Marina Ribas, nasceu em 78 no Rio de Janeiro, cidade onde vive e trabalha. Formada em design na Puc-Rio, seguida de longa trajetória na EAV com a orientação dos reconhecidos João Carlos Goldberg, Iole de Freitas e Charles Watson.
A artista desenvolve uma pesquisa no campo da escultura e ocupações espaciais de apoio mútuo. Seja da obra com o espaço arquitetônico, seja entre as próprias partes da escultura. O equilíbrio, a resistência e a capacidade de suportar tensões são particularidades da linguagem do seu trabalho. O mármore, as hastes de metais, a espuma, troncos, materiais nobres e ordinários se contrapõem e revelam novas particularidades da matéria.
Marina fez duas exposições individuais com curadoria de Fábio Szwarcwald, ex presidente da EAV e atual diretor do MAM, com texto crítico de Ulisses Carrilho, curador da EAV; além de coletivas na Casa Carambola - onde já possuiu atelier e foi artista residente - e na Casa França-Brasil.
Alice Gelli, nascida no rio de janeiro em 1991 e Formada pela Puc Rio em design gráfico. Faz um trabalho sobre movimentação física e emocional, o percurso interessa.
A linguagem está no processo, por trás da obra. Cada trabalho possui a sua peculiaridade, a sua própria identidade formal, sistêmica, plástica. Cada um pede um tipo de material, cor, forma. O que os conecta é o processo intrínseco ao resultado. Esse é sempre mântrico, uma espécie de transe que cria um espiral energético.
Padrões que se repetem, gestos que têm o desejo de ocupar o espaço dentro e ao mesmo tempo expurgar tudo pra fora. Tudo o que não cabe aqui. Um ato de resistência, trajetórias e questionamentos. Uma imersão obsessiva até chegar no esgotamento. Ele liberta e abre espaço para novos horizontes.
Nascida em 1984 no Rio de Janeiro, Diana Lobo explora a literatura autoral e as diversas nuances do texto escrito, tendo encontrado na poesia concreta - e posteriormente na poesia marginal, um elo de interesse com as artes visuais. Sua pesquisa se volta à busca da conciliação do texto escrito com a linguagem plástica e suas influências vão de escritores à artistas como Antonin Artaud, Antonio Dias, Louise Bourgeois, Gunter Uecker, Alicja Kwade, Olafur Eliasson e Ana Cristina Cesar.
Em sua primeira participação em uma exposição internacional, apresentou a instalação Fuga no Arte Laguna Prize em Veneza. O trabalho imersivo abordava questões ligadas a auto-expressão e feminilidade.
Diana também está publicando seu primeiro livro de poesia, a nudez e a palavra, em 2020.
Diana Sandes (Rio de Janeiro, 1986) é artista visual e fotógrafa. Seu trabalho, que tangencia áreas como a fotografia, o vídeo e a pintura, cria tensões entre a presença e o distanciamento, a familiaridade e o estranhamento para investigar noções como a ausência, o deslocamento e o exílio. Graduada em História e mestre em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio, também frequentou oficinas e grupos de estudo com artistas como Eustáquio Neves e Iole de Freitas, que foram essenciais na sua formação. Paralelamente, integra o Coletivo CLAP, que registra criações nos campos da dança, performance, música e teatro.
Cada detalhe importa. A carioca Gabi Gelli transborda sensibilidade. A artista de 24 anos descobriu na adolescência uma condição congênita no coração que mudou sua vida. Caçula de uma família de criativos, Gabi buscou ressignificar seu trauma por meio da arte, de forma intuitiva e despretensiosa. Foi nesse momento que surgiu o projeto das cicatrizes - Instante para sempre -, do desejo de proporcionar para outras pessoas a ressignificação de suas dores. Sua vontade de conhecer o ser humano faz com que seus processos partam sempre de uma visão pessoal, que depois ganha alcance geral e holístico.
Seu trabalho, por assim dizer, é uma grande ferramenta de autoconhecimento e, por isso, carrega muita verdade e autenticidade. Sua primeira exposição, Cura (2018), explorou a trajetória do trauma até sua ressignificação. Em 2019, dedicou-se à exposição individual Entretempo, na Galeria Bianca Boeckel, em São Paulo, e participou das feiras SP-Arte e SP-Foto. Gabi ainda foi convidada por empresas como Rede D’Or de hospitais e Genomma Lab, fabricante do gel cicatrizante Cicatricure, para dar palestras sobre seu projeto Cura, e como a trajetória que propõe pode se relacionar com traumas pessoais e até mesmo empresariais. No final de 2019 lançou uma coleção de joias em parceria com a designer Livia Canuto, e atualmente segue explorando os caminhos da joia-escultura.
Marcela Crosman é artista multimídia, pesquisadora e designer. Suas instalações exploram a ideia de divisórias, propondo um novo olhar sobre as ocupações espaciais. Seu trabalho utiliza tecnologias inteligentes e estruturas metálicas para dar suporte à investigação sobre as abordagens humanas na construção de ambientes artificiais.
Após um período de experimentações em cerâmica (2013), as plataformas investigativas se expandiram para os meios virtuais. Em 2018, ao explorar novos recursos digitais, trouxe para o centro da sua pesquisa a atualização da relação entre homem e tecnologia. Partindo dessa premissa, "deu aos bugs e ao acaso o status ativo e presente no seu processo". A partir daí, fez uma residência artística em NY na SVA - School of Visual Arts - e lá passa a substituir a cerâmica pelas ligas metálicas e magnéticas.
Atualmente, entre o mestrado na Puc-Rio e as aulas no Parque Lage, seu foco está em trabalhos colaborativos, unido por semelhança de postura e ideias com outros pensadores: “A Arte me permite especular sobre realidades utópicas, me convida à pensar em possibilidades sensíveis, harmônicas e criativas para uma humanidade composta pelos nossos filhos.”
Marina Ribas, nasceu em 78 no Rio de Janeiro, cidade onde vive e trabalha. Formada em design na Puc-Rio, seguida de longa trajetória na EAV com a orientação dos reconhecidos João Carlos Goldberg, Iole de Freitas e Charles Watson.
A artista desenvolve uma pesquisa no campo da escultura e ocupações espaciais de apoio mútuo. Seja da obra com o espaço arquitetônico, seja entre as próprias partes da escultura. O equilíbrio, a resistência e a capacidade de suportar tensões são particularidades da linguagem do seu trabalho. O mármore, as hastes de metais, a espuma, troncos, materiais nobres e ordinários se contrapõem e revelam novas particularidades da matéria.
Marina fez duas exposições individuais com curadoria de Fábio Szwarcwald, ex presidente da EAV e atual diretor do MAM, com texto crítico de Ulisses Carrilho, curador da EAV; além de coletivas na Casa Carambola - onde já possuiu atelier e foi artista residente - e na Casa França-Brasil.
Marina Ryfer, artista plástica e arquiteta, nasceu em 1983 no Rio de Janeiro. Em seu trabalho, se apropria da luz como matéria e a utiliza como parte de sua linguagem.
É formada em administração de empresas pela PUC-Rio e em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula.
Fez mestrado em engenharia civil na UFF e em 2014-2015 ministrou aulas de instalações elétricas prediais no curso de Arquitetura da Universidade Santa Úrsula. Em 2015 abriu o escritório de Arquitetura - Maru Arquitetura - e atualmente divide seu tempo entre a arquitetura, aulas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e o estudo e desenvolvimento em arte contemporânea.
Paula Bohm, nascida em 1992 no Rio de Janeiro, é formada em design de moda pela Puc-Rio.
Seu trabalho se costura na discussão sobre o suporte e a pintura, questionando tudo aquilo que já é aceito, preestabelecido. A artista explora em suas obras um universo profundo de camadas e encobrimentos, reflexo de sua constante busca pelo invisível, pelo não dito. Paula se apropria dos materiais, manipulando em sua maioria tecidos, ressignificando o sentido do corpo no espaço.